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É dia de festa!


Por Magali Pastore
Hoje é dia de festa. Oxalá se preparou para receber seus filhos. A casa estava pronta.

Muitos que conheço tem a curiosidade em saber como é o candomblé, ou melhor, uma casa de candomblé. Tentam entender algumas vezes o que acontece ou vão apenas pela curiosidade de saber se aquilo que escutam, acontece de fato.
Sempre questionam se existem mesmo matança, sacrifício humano, pacto com o diabo entre outras coisas.
Conheci um rapaz que ainda não sei se é simpatizante ou se é filho de alguma casa, como também não entendi se o que ele me disse era para me assustar ou sentir minha reação. Um dia virou para mim e me disse: queria te levar em um lugar, você vai?
Quem me conhece sabe que fiquei séria e fui logo perguntando onde era o lugar, ele apenas retribuiu a resposta: queria te levar para você ver uma matança em uma casa de candomblé.
Fiquei estarrecida com as palavras dele. Não me assustei e nem me choquei pelo ritual que ele falava, mas o que me deixou chocada foi a falta de respeito por algo que muitos levam tão a sério e que renunciam a própria vida.
Para mim todas as formas de fé são manifestações de Deus, o que levo em consideração é o comportamento que cada um tem. Quem sou eu para determinar o que é certo ou errado. Não participo de matança de animais. O que me deixou perplexa foi a forma banal de como ele falou sobre algo tão sério.
São muitas energias em questão. São muitos corações vibrando numa mesma sintonia. São muitos participantes invisíveis que poucos ou quase nenhum vêem que estão ali celebrando aquele ritual.
Acredito neste outro lado tão singelo, tão oculto para nós. O que não aceito é esta falta de consideração pela expressão do outro manifestar seu amor por Deus.
Um dia me disseram que tinha festa no terreiro e me chamaram para ver, quem vinha era Iansã, e ela veio e me trouxe uma rosa, que trago em meu coração.
Apenas agradeci, sorri para ela e guardei em meu peito esta lembrança.
Não sei o porque ela veio a mim, mas estava agradecida.

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