quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O Sacerdote Artista, Soteropolitano, Mestre Didi


Imagem Google

Soteropolitano, nascido em 02 de dezembro de 1917, Deoscóredes Maximiliano dos Santos, conhecido como Mestre Didi, é um representante da cultura afro-brasileira. Escultor, escritor, ensaísta e curador, têm uma trajetória marcada por uma via extensa de produções de esculturas, além de publicações de livros, baseado em seus conhecimentos da cultura africana.
Filho de um grande alfaiate da Bahia, Arsênio dos Santos e Maria Bibiana do Espírito Santo, descendente da nobre família Asipá, originária de Oió na Nigéria e Ketu no Benin. Desde cedo, Mestre Didi teve uma vida de compromissos religiosos que contribuíram para torná-lo quem ele é. Embora tenha começado no catolicismo, feito a comunhão e se tornado coroinha. Aos 8 anos, foi iniciado pelas mãos de mãe Aninha na religião de origem africana. Juntamente a sua vida religiosa, Mestre Didi iniciou seu caminho nas artes plásticas, começou com entalhes de madeiras, depois os “exus” (entidade religiosa cultuada no candomblé) esculpidos em cimento e barro. Responsável também desde cedo, por confeccionar as peças dos altares. Foi publicado, em 1936, seu primeiro livro, Yorubá – Tal qual se fala – o prefácio foi de Jorge Amado e as ilustrações de Carybé. Depois seguiram mais 20 livros, com histórias de terreiros e contos de tradição negra da Bahia.
Na década de 80, Didi fez parte de uma comunidade infantil onde escrevia e encenava peças de teatro, ensinava canto, dança e maquiagem. Segundo a historiadora Juana Elbein, esposa do Mestre Didi, não existia dicotomia entre as artes. Todos os contos afro-brasileiros são cânticos. Foram feitos para serem ouvidos, cantados e dançados. Construindo assim uma carreira artística vigorosa e se tornando conhecido como um artista integral, “um renascentista da cultura nagô”. Mestre Didi recriava suas esculturas a partir dos elementos da arte sacra, demonstrando a complexidade dos valores e significados da constelação dos orixás do panteão da terra. As esculturas expressam a relação do visível com o invisível, integrando em sua expressão a do além (orun) e o mundo concreto individualizado (aiyê). Suas obras de artes estão expostas em alguns importantes museus e casas de artes ao redor do mundo. Fazem parte do acervo do Museu Picasso, em Paris, do MAM de Salvador e do Rio de Janeiro, entre outros. Atualmente, seu trabalho pode ser visto na Mostra Redescobrimento e em uma exposição individual na Galeria São Paulo.

Vida Religiosa 

A família do Mestre Didi já possuía uma forte ligação com a religião africana. Sua trisavó, Sra Marcelina da Silva, Obá Tossi, foi a fundadora da primeira casa de tradição nagô de candomblé, no Brasil: Ilê Asé Airá Intilé ou candomblé da Barroquinha. O tio avô Marcos Theodoro Pimentel, sumo sacerdote do mais alto grau na casa de EgunEgun. O primeiro mestre de Didi foi Marcos e depois recebeu ensinamentos de seu pai, que na época era um Alagbá. Desde criança, absorveu e se aprofundou por meio das sucessivas iniciações nos mistérios transcendentes da vida e da morte, nos segredos com os espíritos de ancestrais – egun – além das entidades sagradas – os orixás. Em 1975, Mestre Didi recebeu o cargo de Alapini; em 1983, recebeu o cargo de Babá Mogbá Oní Xangô, diretamente da casa de Xangô, em Benin e entregue pelo rei de Ketu. Sendo assim, se tornando um grande Sacerdote. Aos 96 anos, Mestre Didi vive em Salvador, é reservado e por motivos religiosos não dar entrevistas, por receio que suas palavras sejam deturpadas.

Biografia:
1946 e 1989 – publicou livros sobre a cultura afro-brasileira
1966 – Esteve na África Ocidental, contratado pela Unesco, para realizar pesquisas comparativas entre o Brasil e a África.
Nas décadas de 60 a 90 – É membro de Institutos de Estudos Africanos e afro-brasileiro. Participa como conselheiro em congressos com a mesma temática no Brasil e exterior.
1990 – Fundador e Presidente da Sociedade Cultural e Religiosa Ilê Asipá do culto aos ancestrais Egun. Coordenador do Conselho Religioso do Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileira, que representa no país a Conferência Internacional da Tradição dos Orixás e Cultura.
2002 – Participou da 23º Bienal de São Paulo, realizou uma amostra de 33 peças, no circuito de artes
plásticas internacionais.

Matéria publicada: Jornalismo 24 horas

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Orgulho e Preconceito

Uma mãe com cinco filhas, numa época que a única preocupação das mulheres era encontrar um marido para dar segurança e conforto. As mulheres daquela época não sabiam o que eram ter direitos e nem que um dia conseguiriam alcançar um ponto além do que o século XVIII oferecia. Imaginar que poderiam ir mais além, evitaria todos os constrangimentos vivenciados por uma mãe ansiosa, no filme "orgulho e preconceito, baseado na obra da romancista inglesa Jane Austen.
Já se passaram 200 anos desde da primeira edição de "orgulho e preconceito", um romance que até hoje é lido, segundo uma pesquisa realizada em 2003 pela BBC, orgulho e preconceito é o segundo romance mais lido depois do Senhor dos Anéis, pelos britânicos. Não é de se admirar as inúmeras adaptações televisivas, cinematográficas e os downloads eletrônicos diários, uma vez que o livro não estar sujeito aos direitos autorais.
Desde 1940 são feitas adaptações pela BBC que declara sobre o livro Orgulho e preconceito: " o livro é escrito de maneira às vezes mordaz, geralmente como uma ironia sutil, ou seja, não é necessário ser um acadêmico para tirar algo dele"; para reforçar esta ideia a a membro da Sociedade Jane Auten no Reino Unido, Marilyn Joice, explica: "pode-se ler como uma versão romântica de cinderela, uma comédia ou uma crítica social aos problemas que enfrentavam as mulheres no mesmo estrato social de Austen".

Sobre o Filme   

No ano de 2005, o filme foi lançado com os atores Matthew Macfadyen no papel de Darcy e Keira Knightley no papel de Elizabeth. Esta versão até hoje, é muito atual. Sempre que acompanho a trajetória do casal, me emociono.
No que se refere ao filme, falemos do desespero da mãe em arrumar marido para as cinco filhas. Entendo o desespero daquela época em que as mulheres não tinham voz, mas ela extrapola e envergonha as filhas de tal maneira que nem ela mesmo percebe; sem falar nas irmãs mais novas que praticamente se jogam nos braços dos homens, mesmo passado 200 anos, este comportamento ainda é inadequado. A família beira ao excesso. O pai que deveria ser o comandante da casa, não tem voz ativa em casa. 
A cena mais constrangedora é Elizabeth negando o pedido de casamento do primo que vai herdar tudo delas, assim que o pai morrer, e a mãe querendo obrigar, chantageando e fazendo drama com a situação. Para ela nada importa, ela não considera as filhas, só pensa no que podem falar, fecha os olhos quando a mais nova se casa com o tenente de caráter duvidoso; ela não se importa se haverá felicidade.


O Casal

Por sua vez, a jovem Elizabeth é uma mulher de fibra, opinião e com uma mistura de docilidade e proteção. Não era nada fácil para mulher naquela época. O excesso de reverências, a linguagem rebuscada, os cenários bucólicos e as pompas retratam bem a época que o livro foi escrito.
A atriz Keira Knightley, no papel de Elizabeth, me surpreendeu e conseguiu o tom certo para a personagem. A fotografia e os locais destinados a gravação são riquíssimos e com uma extensa apresentação de obras de arte. O filme é pura arte, cercado com muita sutileza e riqueza nos detalhes. Não posso deixar de falar do ator Matthew Macfadyen que vive o personagem Darcy, ele consegue mostrar seriedade, preconceito e o orgulho daquela época, e logo depois mostra o seu sofrimento por amar uma mulher diferente do que era destinado para ele e para as exigências da época. Uma mistura de docilidade com seriedade, encontrando o tom certo.



Imagem Google

Esta adaptação pela mão Joe Wright, que na época estava estreando nas telas, consegue atrair e prender a atenção dos espectadores e mais ainda: desperta o interesse pela leitura do livro que originou o filme. Esta foi a minha sensação. Queria saber um pouco mais e viver um pouco mais aquela história. Afinal, naquela período o casamento era por conveniência, imagine conseguir encontrar o amor que tanto ansiava e.poder viver este amor

Sinopse 

Inglaterra, 1797. As cinco irmãs Bennet - Elizabeth (Keira Knightley), Jane (Rosamund Pike), Lydia (Jena Malone), Mary (Talulah Riley) e Kitty (Carey Mulligan) - foram criadas por uma mãe (Brenda Blethyn) que tinha fixação em lhes encontrar maridos que garantissem seu futuro. Porém Elizabeth deseja ter uma vida mais ampla do que apenas se dedicar ao marido, sendo apoiada pelo pai (Donald Sutherland). Quando o sr. Bingley (Simon Woods), um solteiro rico, passa a morar em uma mansão vizinha, as irmãs logo ficam agitadas. Jane logo parece que conquistará o coração do novo vizinho, enquanto que Elizabeth conhece o bonito e esnobe sr. Darcy (Matthew Macfadyen). Os encontros entre Elizabeth e Darcy passam a ser cada vez mais constantes, apesar deles sempre discutirem.

Onde assistir:

http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-orgulho-e-preconceito-dublado-online.html