Vivemos em uma sociedade que nos ensina, desde cedo, a querer ter controle sobre tudo: o tempo, as pessoas, os resultados, os sentimentos. Acreditamos que se planejarmos direito, nada sairá errado. Mas a vida, com sua sabedoria silenciosa, nos mostra repetidamente que o controle é uma ilusão.
Aceitar o que não se pode controlar não é desistir — é confiar. É compreender que existe uma força maior que rege os ciclos da vida e que nem tudo está em nossas mãos por uma razão. Algumas situações vêm para nos ensinar a soltar, a esperar, a amadurecer. Outras nos mostram que nem sempre sabemos o que é melhor para nós no momento.
Essa entrega, no entanto, não é fácil. Ela exige humildade. Exige reconhecer que não temos todas as respostas, que a dor faz parte do caminho e que o tempo nem sempre age conforme nossos desejos. Mas é justamente nesse ponto de rendição que a espiritualidade floresce: quando abrimos mão do controle, abrimos espaço para a confiança.
Aceitar não é se conformar. É fazer o melhor que podemos com o que temos e deixar que o que está além de nós siga seu curso. É respirar fundo e repetir para si: “Eu entrego, eu confio, eu aceito.”
Ao acolher o que não está sob nosso domínio, libertamo-nos de angústias desnecessárias. Passamos a viver com mais leveza, presença e paz interior. E, muitas vezes, é nesse exato momento de entrega que a vida surpreende com respostas que jamais poderíamos controlar, mas que, curiosamente, eram exatamente o que precisávamos.
Fonte: Google Imagens
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