segunda-feira, 16 de maio de 2011

O quanto estendemos a mão...

É a segunda pessoa este ano que tenho a notícia que se matou. Uma delas convivi quando ainda era uma garota de 19 anos, uma senhora boa e sempre amavel e com voz mansa. O outro era um rapaz que tive a oportunidade de conviver dos meus 23 aos 29 anos. Ambos tinham em comum, a fé em Deus e a vida voltada para a espiritualidade e o divino.
Neste caminho de fé, algo aconteceu que fez com que eles ignorassem tudo aquilo que aprenderam. Não deixo de me perguntar o que terá sido que aconteceu para que tivesse uma atitude extrema de tirar a própria vida. Eu realmente lamentei por eles. Orei a Deus para que não seja tão severa a pena para aqueles que matam a si mesmo. Pedi com misericórdia, porque acredito o quanto desesperado se encontravam e tão perdidos. Acredito no Amor de Deus.
Image Google
Então lembrei que no dia que fui assistir "Nosso Lar", baseado no livro de mesmo nome, psicografado pelo médium Chico Xavier ditado pelo espírito André Luiz. André Luiz já lúcido no mundo espiritual e consciente que havia morrido, ao ser questionado sobre sua morte, ele apenas disse que a provocara e mesmo inconsciente ele também era um suicida. Aquilo me tocou muito.
Fico triste e pensativa. Onde estavam as pessoas próximas a ela que não perceberam sua aflição? Em que momento deixaram de enxergá-la? Assim é o caminho para muitos na vida.
Muito se fala de caridade, solidariedade, ajuda ao próximo, mas no decorrer da vida parece que esquecemos. Quando penso a respeito, me pergunto: Quanto sofrimento deve ter alguém para ter coragem para acabar sua vida? Mesmo assim acho que existe várias formas de morrer.
Estas pessoas especificas eram religiosos ativas em sua fé, participante, atuante e sempre prontos para  ajudar alguém.
Não devo julgar, mas é uma vida que se vai e que deixa marcas profundas para aqueles que conviveram. O quanto deve ser dificil viver com seus próprios fantasmas e seus questionamentos que terminam aprisionando.
Soube hoje, fiz uma prece para este meu amigo que fez 16 dias de falecido. Ainda levo em minha lembranças o seu sorriso, seus gestos de alegrias ao conseguir superar obstáculos. É como se tivesse ainda aqui me contando tudo aquilo que por diversas vezes me falava com felicidade no coração. Meu sentimento a sua família, sua esposa e todos aqueles que estiveram com ele até o ultimo momento. Não importa no final se alguem percebeu sua dor e angustia, uma vida se foi e por uma fração de segundo se perdeu nesta existência.




4 comentários:

  1. As pessoas são muito egoísta quando se trata de doenças e ajudar o próximo, independente de fé crença ou religião.Conheço uma família que os filhos nasceram foram criados dentro dos costumes religiosos, e segundo eles permanecem, pregam a salvação, amor ao próximo,ajuda e etc. São cordiais com as pessoas, mais com os pais não.Eles são idosos, moram sós, se encontram doentes e debilitados, precisando de acompanhamento para tratamento médico, ajuda com os afazeres da casa, higiene pessoal e alimentação. Os filhos são indiferente não comparecem para ajudá-los, só fazem telefonar as fezes para justificar o que não tem justificativa.
    Infelizmente Magali, as pessoas estão a cada dia que passa desumanas só nos resta a perda e superarmos o sofrimento.
    Meus pesar.

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  2. Val,
    entendo o quanto deve ser dificil para eles viverem desta forma. Mas no fundo a gente nunca sabe como foram eles como pais. Muitas vezes tentaram ser o melhor, mas as vezes agiram de forma equivocada. Pregar uma fé não é nada, quando em nosso coração temos o orgulho, a soberba, a arrogância. É dificil pedi ajuda. uns no caminho encontram quem estenda a mão e há outros que simplesmente não, talvez estes tragam a força já dentro de si. Este meu amigo foi muito amado, sei disto, mas a luta era dele, talvez por um tempo ele aceitou a ajuda e no final tenha desistido. Ainda lamento o desperdicio de sua existência.

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  3. Oi Magali, perdi um irmão ano passado do mesmo modo e, no início fiquei me perguntando porque não fizemos nada, mas hoje sei que el não aceitou ajuda por orgulho, vergonha ou não sei bem o que, ele sempre achava que podia resolver tudo sozinho a seu modo e, infelizmente se foi.
    Sinto muito a sua falta e peço sempre por ele.
    E, com certeza ando mais atenta em relação as reações das pessoas.
    Espero poder um dia poder evitar que outra pessoa faça o mesmo.

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  4. Ana Lúcia,
    é muito dificil vencer o próprio orgulho, mas também é muito primário acreditarmos que poderíamos ter feito de forma diferente. Acredito que nunca podemos, pelo menos na maioria das vezes. Ninguem se revela por inteiro para o outro, só mostra aquilo que de fato quer. São fatores e experiências de vida que colaboram para nos tornamos quem somos. Um belo dia calejado da vida, desistimos de tentar, assim como desistimos de pedi ajuda, porque ninguem quer ser um estorvo. Enfim, lamento cada desperdicio de vida que se perde de forma tão dolorosa. Oro a Deus por todos aqueles que interromperam a vida.

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