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Orgulho e Preconceito

Uma mãe com cinco filhas, numa época que a única preocupação das mulheres era encontrar um marido para dar segurança e conforto. As mulheres daquela época não sabiam o que eram ter direitos e nem que um dia conseguiriam alcançar um ponto além do que o século XVIII oferecia. Imaginar que poderiam ir mais além, evitaria todos os constrangimentos vivenciados por uma mãe ansiosa, no filme "orgulho e preconceito, baseado na obra da romancista inglesa Jane Austen.
Já se passaram 200 anos desde da primeira edição de "orgulho e preconceito", um romance que até hoje é lido, segundo uma pesquisa realizada em 2003 pela BBC, orgulho e preconceito é o segundo romance mais lido depois do Senhor dos Anéis, pelos britânicos. Não é de se admirar as inúmeras adaptações televisivas, cinematográficas e os downloads eletrônicos diários, uma vez que o livro não estar sujeito aos direitos autorais.
Desde 1940 são feitas adaptações pela BBC que declara sobre o livro Orgulho e preconceito: " o livro é escrito de maneira às vezes mordaz, geralmente como uma ironia sutil, ou seja, não é necessário ser um acadêmico para tirar algo dele"; para reforçar esta ideia a a membro da Sociedade Jane Auten no Reino Unido, Marilyn Joice, explica: "pode-se ler como uma versão romântica de cinderela, uma comédia ou uma crítica social aos problemas que enfrentavam as mulheres no mesmo estrato social de Austen".

Sobre o Filme   

No ano de 2005, o filme foi lançado com os atores Matthew Macfadyen no papel de Darcy e Keira Knightley no papel de Elizabeth. Esta versão até hoje, é muito atual. Sempre que acompanho a trajetória do casal, me emociono.
No que se refere ao filme, falemos do desespero da mãe em arrumar marido para as cinco filhas. Entendo o desespero daquela época em que as mulheres não tinham voz, mas ela extrapola e envergonha as filhas de tal maneira que nem ela mesmo percebe; sem falar nas irmãs mais novas que praticamente se jogam nos braços dos homens, mesmo passado 200 anos, este comportamento ainda é inadequado. A família beira ao excesso. O pai que deveria ser o comandante da casa, não tem voz ativa em casa. 
A cena mais constrangedora é Elizabeth negando o pedido de casamento do primo que vai herdar tudo delas, assim que o pai morrer, e a mãe querendo obrigar, chantageando e fazendo drama com a situação. Para ela nada importa, ela não considera as filhas, só pensa no que podem falar, fecha os olhos quando a mais nova se casa com o tenente de caráter duvidoso; ela não se importa se haverá felicidade.


O Casal

Por sua vez, a jovem Elizabeth é uma mulher de fibra, opinião e com uma mistura de docilidade e proteção. Não era nada fácil para mulher naquela época. O excesso de reverências, a linguagem rebuscada, os cenários bucólicos e as pompas retratam bem a época que o livro foi escrito.
A atriz Keira Knightley, no papel de Elizabeth, me surpreendeu e conseguiu o tom certo para a personagem. A fotografia e os locais destinados a gravação são riquíssimos e com uma extensa apresentação de obras de arte. O filme é pura arte, cercado com muita sutileza e riqueza nos detalhes. Não posso deixar de falar do ator Matthew Macfadyen que vive o personagem Darcy, ele consegue mostrar seriedade, preconceito e o orgulho daquela época, e logo depois mostra o seu sofrimento por amar uma mulher diferente do que era destinado para ele e para as exigências da época. Uma mistura de docilidade com seriedade, encontrando o tom certo.



Imagem Google

Esta adaptação pela mão Joe Wright, que na época estava estreando nas telas, consegue atrair e prender a atenção dos espectadores e mais ainda: desperta o interesse pela leitura do livro que originou o filme. Esta foi a minha sensação. Queria saber um pouco mais e viver um pouco mais aquela história. Afinal, naquela período o casamento era por conveniência, imagine conseguir encontrar o amor que tanto ansiava e.poder viver este amor

Sinopse 

Inglaterra, 1797. As cinco irmãs Bennet - Elizabeth (Keira Knightley), Jane (Rosamund Pike), Lydia (Jena Malone), Mary (Talulah Riley) e Kitty (Carey Mulligan) - foram criadas por uma mãe (Brenda Blethyn) que tinha fixação em lhes encontrar maridos que garantissem seu futuro. Porém Elizabeth deseja ter uma vida mais ampla do que apenas se dedicar ao marido, sendo apoiada pelo pai (Donald Sutherland). Quando o sr. Bingley (Simon Woods), um solteiro rico, passa a morar em uma mansão vizinha, as irmãs logo ficam agitadas. Jane logo parece que conquistará o coração do novo vizinho, enquanto que Elizabeth conhece o bonito e esnobe sr. Darcy (Matthew Macfadyen). Os encontros entre Elizabeth e Darcy passam a ser cada vez mais constantes, apesar deles sempre discutirem.

Onde assistir:

http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-orgulho-e-preconceito-dublado-online.html

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