Quando falamos em espiritualidade, é comum imaginar um caminho tranquilo, iluminado, em que cada passo nos leva para mais perto de uma vida plena e em paz. Mas a verdade é que a jornada espiritual é cheia de curvas, pausas, recomeços e, muitas vezes, confusões internas. E tudo bem.
A espiritualidade não é uma linha reta que vai do ponto A ao ponto B. Ela se parece muito mais com uma espiral: às vezes estamos no alto, conectados, confiantes; em outras, mergulhados em dúvidas, desânimos ou sentimentos que nem conseguimos nomear. Mas isso não significa que estamos regredindo. Significa apenas que estamos vivendo.
Sentir-se perdido faz parte do caminho. Há dias em que a meditação não funciona, a fé balança, os sinais parecem ter sumido e tudo parece sem sentido. Nesses momentos, é fácil se culpar ou achar que “está fazendo tudo errado”. Mas a espiritualidade verdadeira acolhe a imperfeição, entende as pausas e respeita o tempo de cada um.
A perda de rumo, às vezes, é justamente o que nos impulsiona a olhar para dentro com mais profundidade. É quando nos desconectamos que sentimos o quanto essa conexão é importante. É na ausência que nasce a busca. E toda busca sincera nos transforma.
Portanto, se você se sente perdido agora, respire. Não é o fim da caminhada — é só uma parte dela. Às vezes, é preciso se perder um pouco para se reencontrar de um jeito mais verdadeiro, mais consciente e mais inteiro.
A jornada espiritual é, acima de tudo, humana. E tudo que é humano, sente, oscila, cai, levanta e aprende. Honre o seu processo. Confie no seu tempo. Porque, mesmo quando parece que você parou, algo dentro de você continua se movendo.
Fonte: Google Imagens
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